Pecados. Esse é o nome do prostíbulo, cabaré, zona, boca, casa da luz vermelha, bordel, putedo, quilombo (em espanhol), ou seja, o nome que quiser dar a esse lugar tão freqüentado pelos homens.
Ramón, Júlio, gringo Alemão e eu, fomos parar no Pecados numa das madrugadas frias de junho. Na entrada, fomos recebidos pelo porteiro. Um gay de aproximadamente uns 70 anos, que dançava e cantarolava uma cumbia argentina, mexendo os braços e as mãos com movimentos leves e ritmados. Fomos recebidos com simpatia.
Ramón, Júlio, gringo Alemão e eu, fomos parar no Pecados numa das madrugadas frias de junho. Na entrada, fomos recebidos pelo porteiro. Um gay de aproximadamente uns 70 anos, que dançava e cantarolava uma cumbia argentina, mexendo os braços e as mãos com movimentos leves e ritmados. Fomos recebidos com simpatia.
- Buenas noches, - diz Ramón ao porteiro.
- Empezó a quedar mejor ahora, con la llegada de unos muchachos tan lindos, - responde sorridente.
A sala principal tinha um balcão à direita, com bancos altos, onde elas estavam todas sentadas. Devido ao frio intenso, nós éramos os primeiros, e, possivelmente, os únicos clientes daquela noite.
Passamos pelo porteiro, e, prontamente, fomos recebidos por quadro moças. Barbie, Negra Tomaza, Rosa e Margarita. Umas estavam vestidas e outras de lingerie com casacos abertos por cima.
No centro da sala, tinha um ferro redondo que dava sustentação a uma escultura de cimento de uma mulher nua. À esquerda, tinha uma lareira que aquecia o ambiente. De um lado da lareira, uma porta de acesso ao corredor que entrava nos quartos e do outro lado, uma máquina de música que funcionava com fichas pagas.
Sentei num dos bancos altos do bar com a Margarita ao meu lado. Depois de perguntar meu nome, de onde era, idade e etc., pediu-me uma dose de whisky e uma ficha para colocar uma música. Chamei o proprietário, que era quem atendia o balcão do bar, para pedir a dose, uma cerveja e a tal ficha de música.
Com a ficha na mão, Margarita me pega do braço e me leva até o aparelho escolher uma música.
- Que musica te gusta, - pergunta.
- Qualquer coisa, - respondo com a cabeça baixa e meio envergonhado. Natural. Afinal, era a primeira vez que havia ido num lugar assim.
Deixei que ela encolhesse as três músicas que a ficha dava direito.
- Te gusta Luiz Miguel? - pergunta.
- Sim, - respondi.
Ao som da lenta melodia de Luiz Miguel, começamos a dançar. Enquanto isso, Ramón, Júlio e o gringo Alemão, continuam no balcão dando gargalhadas com as outras meninas da boate. Passavam as mãos, se esfregavam nelas -, como se nunca tivessem visto mulher antes.
Enquanto dançávamos, me contou boa parte de sua vida. Ela era da capital uruguaia, Montevidéu e tinha um casal de filhos. Um menino de sete e a menina de três anos. Falou que tava desempregada e não tinha dinheiro nem pra dar comida aos filhos. Os pais achavam que ela estava trabalhando numa casa de família, como doméstica.
Margarita tinha um sorriso triste estampado no rosto. Fazia poucos dias que tinha iniciado a trabalhar ali e parecia estar arrependida. Dançamos cerca de meia hora sem parar. Escutei toda a sua triste história de vida.
Certa hora da madrugada, Ramón passou para o quarto com a Barbie. Quando vi, fiquei trêmulo.
- Se todos forem, terei que ir também, - pensei apavorado.
Não sabia como agir. Estava em dúvida, se queria ou não. Na verdade, estava realmente assustado.
Passaram-se alguns minutos e comecei a ficar mais tranqüilo. Os outros dois que estavam conosco não saíram dos bancos altos do balcão.
- Tu vai ir, - perguntei ao gingo Alemão, que era o menos arriado dos três.
- Não. Não, - respondeu, olhando com desprezo para a moça ao seu lado. Pelo jeito que ele falou, parecia não estar muito entusiasmado com ela.
Cerca de meia hora depois, Ramón saiu do quarto e encostou-se novamente no balcão.
Perguntei ao dono do bordel, há quanto tempo existia o local.
- Hace poco mas de um año, - responde aparentemente feliz com o empreendimento.
Falou sobre a festa que comemorou o aniversário do local, que havia acontecido algumas semanas.
Agachou-se e pegou do armário uma fita que continha a gravação da festa. Coloco-a no vídeo cassete e começamos a olhar.
- Tenia mas de cien personas, - o proprietário conta orgulhoso.
A gravação caseira, mostrava duas mulheres fazendo sexo ao vivo, num palco improvisado e cheio de homens na volta. De repente, uma das mulheres chama para o palco alguém que tivesse coragem de subir.
Num primeiro momento, ninguém se animou. Um empurrava o outro e ninguém subia ao palco.
Até que um corajoso rapaz respirou fundo e levantou a mão.
As duas mulheres começaram a tirar sua roupa. Primeiro foi à camisa, depois os sapatos, as calças... Era aquele esfrega-esfrega.
O cômico dessa história, é que o corajoso rapaz estava totalmente sem roupa e o individuo nada de funcionar. As duas mulheres se esforçaram ao máximo para que ele reagisse, mas o esforço foi em vão. Na volta do palco, era aquela gritaria. Coitado do rapaz. Imaginem só a vergonha que ela passou!
Sendo consciente de que não seria fácil pra ninguém estar naquela situação, não consegui parar de rir e ao mesmo tempo estava envergonhado por ele.
O vídeo terminou e já eram cerca de cinco horas da manhã. Decidimos ir embora e fomos...
- Empezó a quedar mejor ahora, con la llegada de unos muchachos tan lindos, - responde sorridente.
A sala principal tinha um balcão à direita, com bancos altos, onde elas estavam todas sentadas. Devido ao frio intenso, nós éramos os primeiros, e, possivelmente, os únicos clientes daquela noite.
Passamos pelo porteiro, e, prontamente, fomos recebidos por quadro moças. Barbie, Negra Tomaza, Rosa e Margarita. Umas estavam vestidas e outras de lingerie com casacos abertos por cima.
No centro da sala, tinha um ferro redondo que dava sustentação a uma escultura de cimento de uma mulher nua. À esquerda, tinha uma lareira que aquecia o ambiente. De um lado da lareira, uma porta de acesso ao corredor que entrava nos quartos e do outro lado, uma máquina de música que funcionava com fichas pagas.
Sentei num dos bancos altos do bar com a Margarita ao meu lado. Depois de perguntar meu nome, de onde era, idade e etc., pediu-me uma dose de whisky e uma ficha para colocar uma música. Chamei o proprietário, que era quem atendia o balcão do bar, para pedir a dose, uma cerveja e a tal ficha de música.
Com a ficha na mão, Margarita me pega do braço e me leva até o aparelho escolher uma música.
- Que musica te gusta, - pergunta.
- Qualquer coisa, - respondo com a cabeça baixa e meio envergonhado. Natural. Afinal, era a primeira vez que havia ido num lugar assim.
Deixei que ela encolhesse as três músicas que a ficha dava direito.
- Te gusta Luiz Miguel? - pergunta.
- Sim, - respondi.
Ao som da lenta melodia de Luiz Miguel, começamos a dançar. Enquanto isso, Ramón, Júlio e o gringo Alemão, continuam no balcão dando gargalhadas com as outras meninas da boate. Passavam as mãos, se esfregavam nelas -, como se nunca tivessem visto mulher antes.
Enquanto dançávamos, me contou boa parte de sua vida. Ela era da capital uruguaia, Montevidéu e tinha um casal de filhos. Um menino de sete e a menina de três anos. Falou que tava desempregada e não tinha dinheiro nem pra dar comida aos filhos. Os pais achavam que ela estava trabalhando numa casa de família, como doméstica.
Margarita tinha um sorriso triste estampado no rosto. Fazia poucos dias que tinha iniciado a trabalhar ali e parecia estar arrependida. Dançamos cerca de meia hora sem parar. Escutei toda a sua triste história de vida.
Certa hora da madrugada, Ramón passou para o quarto com a Barbie. Quando vi, fiquei trêmulo.
- Se todos forem, terei que ir também, - pensei apavorado.
Não sabia como agir. Estava em dúvida, se queria ou não. Na verdade, estava realmente assustado.
Passaram-se alguns minutos e comecei a ficar mais tranqüilo. Os outros dois que estavam conosco não saíram dos bancos altos do balcão.
- Tu vai ir, - perguntei ao gingo Alemão, que era o menos arriado dos três.
- Não. Não, - respondeu, olhando com desprezo para a moça ao seu lado. Pelo jeito que ele falou, parecia não estar muito entusiasmado com ela.
Cerca de meia hora depois, Ramón saiu do quarto e encostou-se novamente no balcão.
Perguntei ao dono do bordel, há quanto tempo existia o local.
- Hace poco mas de um año, - responde aparentemente feliz com o empreendimento.
Falou sobre a festa que comemorou o aniversário do local, que havia acontecido algumas semanas.
Agachou-se e pegou do armário uma fita que continha a gravação da festa. Coloco-a no vídeo cassete e começamos a olhar.
- Tenia mas de cien personas, - o proprietário conta orgulhoso.
A gravação caseira, mostrava duas mulheres fazendo sexo ao vivo, num palco improvisado e cheio de homens na volta. De repente, uma das mulheres chama para o palco alguém que tivesse coragem de subir.
Num primeiro momento, ninguém se animou. Um empurrava o outro e ninguém subia ao palco.
Até que um corajoso rapaz respirou fundo e levantou a mão.
As duas mulheres começaram a tirar sua roupa. Primeiro foi à camisa, depois os sapatos, as calças... Era aquele esfrega-esfrega.
O cômico dessa história, é que o corajoso rapaz estava totalmente sem roupa e o individuo nada de funcionar. As duas mulheres se esforçaram ao máximo para que ele reagisse, mas o esforço foi em vão. Na volta do palco, era aquela gritaria. Coitado do rapaz. Imaginem só a vergonha que ela passou!
Sendo consciente de que não seria fácil pra ninguém estar naquela situação, não consegui parar de rir e ao mesmo tempo estava envergonhado por ele.
O vídeo terminou e já eram cerca de cinco horas da manhã. Decidimos ir embora e fomos...
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