sábado, 27 de outubro de 2007

Noite em alto estilo


Estou cada vez mais convencido que as festas freqüentadas pelos que se dizem de “alta sociedade”, não são tão menos bagaceira que as que costumo freqüentar.
Estes dias, numa dessas festas que quando entramos, somos examinados dos pés à cabeça, conheci uma dessas que usam roupas cavadíssimas que somente não são criticadas devido às etiquetas de marcas e grifes famosas e caras.
Ela caminhava com seu sapato de salto alto e ponta fina, rebolando suavemente os quadris, com passos delicados e macios como se estive pisando em ovos. Reparei sua exuberância provocativa, com um olhar dissimulado a noite toda.
Os holofotes de luzes coloridas que piscam o tempo todo e a fumaça artificial, deixam sua beleza meio que selvagem, cada vez mais esplendorosa. Seu cabelo era loiro e liso, pouco abaixo dos ombros. Seu rosto, assim como também seu corpo era levemente bronzeado. Os olhos eram grandes e verdes, o que há deixava com um olhar malicioso, mas ao mesmo tempo meigo.
Devido ao feitio de seu rosto com traços marcantes, acredito que devia ter de 28 a 30 anos. Usava um vestido justo ao corpo que delineava suas curvas, era cavado e curto que mal tapava suas partes íntimas. No ombro esquerdo, tinha uma tatuagem discreta de uma borboleta. Seu jeito de caminhar, de se vestir e a tatuagem denunciam um estilo aventureiro.
A boate tinha três ambientes e dois bares em cada um deles. Percorri todos, mas preferi ficar escorado no balcão do bar onde ela estava. Cerca de quatro horas da manhã, o concorrido sofá preto do canto, ficou sem ninguém. Acompanhada de uma amiga sentou de lado, com as pernas cruzadas para tentar tapar o que o minúsculo vestido não fazia.
Respirei fundo e tomei coragem. Me aproximei e sentei no braço largo do confortável sofá preto bem ao seu lado. Olhou-me com um sorriso discreto demonstrando que havia gostado da minha iniciativa. Colocou o cigarro na boca e expirou a fumaça com charme e estilo próprio.
Ela estava sentada de lado, quase que de frente para mim. Ao se sentar, o curto vestido havia levantado e estava mostrando a parte da frente da calcinha preta de um tecido bordado e transparente.
Realmente era uma situação inusitada. Sem saber o que falar, disse o que tradicionalmente se fala quando não se sabe o que dizer. Que estava boa a festa e que estava calor lá dentro. Ela somente consentiu com a cabeça e um sorriso.
Conversamos por cinco minutos sobre uma amiga que temos em comum e sobre as festas. Enquanto isso tinha que fazer um esforço imenso para não parecer extremamente tarado, olhando para a larga cava do vertido e a calcinha transparente.
Certa hora, ela levantou do sofá para cumprimentar um conhecido. Agora ela estava parada na minha frente de costas. Os elásticos que deixavam seu vestido justo ao corpo haviam se levantado deixando seu vestido na altura da cintura. Meus olhos estavam divididos em observar a tira da calcinha preta enfiada em sua traseira ou olhar os outros que estavam no bar olhando a cena.
O episódio durou alguns segundos, até que ela percebesse, mas para meus olhos que estavam a meio metro, gravando tudo, parece ter durado uma eternidade. Totalmente sem as estribeiras, com o olhar de diversas pessoas fixados em sua direção, ela pegou a amiga pelo braço e puxou em direção a porta da saída.
Fiquei sem saber o nome, o telefone ou qualquer outra informação dela. Mesmo se houvesse pegado não me daria mais atenção alguma com medo de ser lembrada do episódio daquela noite.
*Essa crônica foi mera criação do autor. Qualquer semelhança com a realidade não passa de coincidência.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Visita da sogra

- O almoço está pronto - avisa Maria, para que se acomodem junto à mesa.
Joaquim está sentado na ponta da larga mesa de vidro. À esquerda da mesa está sentada Maria e do outro lado, sua mãe e a filha de três anos, Érika.
A pequena menina, como de costume, diz que não gostou da comida servida pela mãe. Com delicadeza, Maria explica que a comida está ótima, pedindo para que prove nem que seja um pouquinho.
Érika continuava insistindo que não comeria.
- Não vou comer. Não vou comer - repetia convicta.
- Vou contar uma história - diz a vovó esgrimindo a colher em direção a boca da netinha.
- Era uma vez uma princesinha que não queria comer a comidinha. A princesinha já estava sem força de correr e brincar pelo castelo. Sua vovozinha dizia: “princesinha você vai ficar fraquinha se não comer a comidinha”. Mas a princesinha não ouvia a vovozinha e não comia a comidinha...
E então a menina interrompeu:
- Que vovozinha bem chatinha tinha essa princesinha – opinou.
Na ponta da mesa, Joaquim ri orgulhoso e sente inveja da filha. Afinal, ele não poderia fazer o mesmo com a sogra.
*Conto inspirado numa das história do escritor uruguaio Eduardo Galeano.

Patrulha Morcegos



Tive uma infância perfeita. Mesmo, tendo nascido em uma década de inovações, ainda não eram todas as crianças que tinham acesso ao vídeo game e o computador.
Minha brincadeira predileta era a Patrulha Morcegos. Esse era o nome do grupo que havíamos formado para brincar de guerrinhas. Éramos sete. Tipo, escoteiros.
Durante as férias da escola, nos reuníamos todas as tardes no mesmo lugar. Um campinho de futebol, que apelidamos de “Estádio do Pau no Meio”, porque tinha um poste no meio do campo. Várias vezes tentamos tirar o poste, mais não conseguíamos arrancá-lo do chão. Quando jogávamos, o poste servia de companheiro de time ou de adversário, cortando passes e atrapalhando a jogada.
Mas, meu interesse nunca foi voltado ao campo de futebol. Sempre fui muito ruim como jogador. O que eu gostava mesmo era das guerrinhas com armas de madeira, fabricadas por nós mesmos.
No fundo do campo de futebol, tinha uma mata cheia árvores de eucalipto. Certa vez, escolhemos a mais linda e robusta árvore. Ela séria a “árvore sagrada” da Patrulha Morcegos. A partir desse dia, antes de brincar íamos até a árvore sagrada e rezávamos em conjunto e pedíamos a ela que nos protegesse.
O grupo tinha hierarquia militar e tudo. Um dos meus amigos era o general, eu o Coronel e o irmão dele o Capitão. Os menores eram os soldados.
Depois de orar na “árvore sagrada”, nos dividíamos em dois grupos. Um comandado pelo meu amigo que era o general. E outro grupo, era liderado por mim que era o coronel.
Escondíamos-nos atrás das moitas. Quando víamos um, apontávamos com a arma de madeira e fazíamos barulho de uma rajada de metralhadora com a boca e gritávamos “fulano morto” e nos ativamos no chão novamente para não sermos vistos pelo adversário.
Assim, brincávamos a tarde toda até um único combatente ficar vivo. Esse seria o ganhador da brincadeira daquele dia.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Pecados

Pecados. Esse é o nome do prostíbulo, cabaré, zona, boca, casa da luz vermelha, bordel, putedo, quilombo (em espanhol), ou seja, o nome que quiser dar a esse lugar tão freqüentado pelos homens.
Ramón, Júlio, gringo Alemão e eu, fomos parar no Pecados numa das madrugadas frias de junho. Na entrada, fomos recebidos pelo porteiro. Um gay de aproximadamente uns 70 anos, que dançava e cantarolava uma cumbia argentina, mexendo os braços e as mãos com movimentos leves e ritmados. Fomos recebidos com simpatia.
- Buenas noches, - diz Ramón ao porteiro.
- Empezó a quedar mejor ahora, con la llegada de unos muchachos tan lindos, - responde sorridente.
A sala principal tinha um balcão à direita, com bancos altos, onde elas estavam todas sentadas. Devido ao frio intenso, nós éramos os primeiros, e, possivelmente, os únicos clientes daquela noite.
Passamos pelo porteiro, e, prontamente, fomos recebidos por quadro moças. Barbie, Negra Tomaza, Rosa e Margarita. Umas estavam vestidas e outras de lingerie com casacos abertos por cima.
No centro da sala, tinha um ferro redondo que dava sustentação a uma escultura de cimento de uma mulher nua. À esquerda, tinha uma lareira que aquecia o ambiente. De um lado da lareira, uma porta de acesso ao corredor que entrava nos quartos e do outro lado, uma máquina de música que funcionava com fichas pagas.
Sentei num dos bancos altos do bar com a Margarita ao meu lado. Depois de perguntar meu nome, de onde era, idade e etc., pediu-me uma dose de whisky e uma ficha para colocar uma música. Chamei o proprietário, que era quem atendia o balcão do bar, para pedir a dose, uma cerveja e a tal ficha de música.
Com a ficha na mão, Margarita me pega do braço e me leva até o aparelho escolher uma música.
- Que musica te gusta, - pergunta.
- Qualquer coisa, - respondo com a cabeça baixa e meio envergonhado. Natural. Afinal, era a primeira vez que havia ido num lugar assim.
Deixei que ela encolhesse as três músicas que a ficha dava direito.
- Te gusta Luiz Miguel? - pergunta.
- Sim, - respondi.
Ao som da lenta melodia de Luiz Miguel, começamos a dançar. Enquanto isso, Ramón, Júlio e o gringo Alemão, continuam no balcão dando gargalhadas com as outras meninas da boate. Passavam as mãos, se esfregavam nelas -, como se nunca tivessem visto mulher antes.
Enquanto dançávamos, me contou boa parte de sua vida. Ela era da capital uruguaia, Montevidéu e tinha um casal de filhos. Um menino de sete e a menina de três anos. Falou que tava desempregada e não tinha dinheiro nem pra dar comida aos filhos. Os pais achavam que ela estava trabalhando numa casa de família, como doméstica.
Margarita tinha um sorriso triste estampado no rosto. Fazia poucos dias que tinha iniciado a trabalhar ali e parecia estar arrependida. Dançamos cerca de meia hora sem parar. Escutei toda a sua triste história de vida.
Certa hora da madrugada, Ramón passou para o quarto com a Barbie. Quando vi, fiquei trêmulo.
- Se todos forem, terei que ir também, - pensei apavorado.
Não sabia como agir. Estava em dúvida, se queria ou não. Na verdade, estava realmente assustado.
Passaram-se alguns minutos e comecei a ficar mais tranqüilo. Os outros dois que estavam conosco não saíram dos bancos altos do balcão.
- Tu vai ir, - perguntei ao gingo Alemão, que era o menos arriado dos três.
- Não. Não, - respondeu, olhando com desprezo para a moça ao seu lado. Pelo jeito que ele falou, parecia não estar muito entusiasmado com ela.
Cerca de meia hora depois, Ramón saiu do quarto e encostou-se novamente no balcão.
Perguntei ao dono do bordel, há quanto tempo existia o local.
- Hace poco mas de um año, - responde aparentemente feliz com o empreendimento.
Falou sobre a festa que comemorou o aniversário do local, que havia acontecido algumas semanas.
Agachou-se e pegou do armário uma fita que continha a gravação da festa. Coloco-a no vídeo cassete e começamos a olhar.
- Tenia mas de cien personas, - o proprietário conta orgulhoso.
A gravação caseira, mostrava duas mulheres fazendo sexo ao vivo, num palco improvisado e cheio de homens na volta. De repente, uma das mulheres chama para o palco alguém que tivesse coragem de subir.
Num primeiro momento, ninguém se animou. Um empurrava o outro e ninguém subia ao palco.
Até que um corajoso rapaz respirou fundo e levantou a mão.
As duas mulheres começaram a tirar sua roupa. Primeiro foi à camisa, depois os sapatos, as calças... Era aquele esfrega-esfrega.
O cômico dessa história, é que o corajoso rapaz estava totalmente sem roupa e o individuo nada de funcionar. As duas mulheres se esforçaram ao máximo para que ele reagisse, mas o esforço foi em vão. Na volta do palco, era aquela gritaria. Coitado do rapaz. Imaginem só a vergonha que ela passou!
Sendo consciente de que não seria fácil pra ninguém estar naquela situação, não consegui parar de rir e ao mesmo tempo estava envergonhado por ele.
O vídeo terminou e já eram cerca de cinco horas da manhã. Decidimos ir embora e fomos...

domingo, 7 de outubro de 2007

Festa Gay






















Num dos sábado da vida, eu e um amigo fomos parar numa festa gay por engano e pura desinformação (história contada no texto abaixo “Puro Azar”).
Já na portaria, achei alguma coisa estranha. Pagamos o ingresso e entramos olhando um ao outro com ar de desconfiado. Estava sentindo algo errado. Parei para ser revistado pelo segurança, que de tão grande que era, não me dava espaço para olhar a pista de dança.
Quando consegui enxergar, não podia parar de rir. Mesmo não querendo acreditar, estava enxergando com os meus próprios olhos. Havia caído numa festa cheia de “bixas” dançando rebolados e mulheres mais "machos" que eu.

- Onde fomos parar, só tem gay aqui, - pensei e disse com os olhos ao meu colega, rindo o tempo todo.
Mas perdido que cusco em tiroteio, louco pra sumir dali, olho ao redor e vi um gordinho, que mexia os ombros, os braços e a cintura ao mesmo tempo. Parecia uma borboleta levantando vôo.
Acredito que não ficamos mais de dois minutos dentro da festa. Sem saber o que fazer, olho para o meu colega e fiz sinal pra que olhasse o gordinho.
Prontamente, ele chegou no balcão do bar e perguntou pra “moça” que atendia o balcão:
- Que festa ta rolando aqui hoje?
- Uma festa, ela responde.
- Uma festa? Pergunta ele de novo, só desta vez, gestionando com os punhos.
- É. Uma festa gay, responde.
Olhamos um ao outro, e, mais que rápido fomos caminhando em direção a porta. Só conseguíamos rir, mas nada. Pra tentar não dar pista que haviamos entrado numa enrroscada, digo ao porteiro que já voltávamos e debandamos rapidamente.
Eram recém 1 hora da madrugada, e não podíamos ir pra casa. No caminho de outro bar, não conseguíamos parar de rir do que havia acontecido conosco. Havíamos parado numa festa gay, somente por pura desinformação.

Puro azar

Sábado. Acordo com o barulho do vizinho, e, prontamente, olho o relógio que marcava às 7 horas. Virei para o outro lado e tentem sem sucesso continuar dormindo.
- Já que não consigo dormir, vou levantar e preparar um chimarrão, - pensei.
Tomei um belo banho e fui preparar um chimarrão no velho estilo “castelhano” num copo de whisky.
- Acordei com o pé esquerdo hoje. Resmungo.
Mal sabia que o dia recém estava começando, e muitas coisas aconteceriam no decorrer deste sábado.
Depois de acessar a internet, olhar os e-mails, orkut, msn e etc., ler os jornais e saborear o meu chimarrão no copo de whisky – fui no caixa eletrônico pegar dinheiro para o final de semana e pagar algumas contas.
Havia me auto-incentivado em visitar alguns clientes no caminho de volta do banco. Mas, na verdade, voltei cabisbaixo e “puto da cara”, porque os três caixas, simplesmente, não estavam funcionando.
- Que dia azarado. Resmungo novamente.
Quando chego em casa, havia uma mensagem no msn de uma das pessoas que havia conhecido há poucos dias e estava realmente gostando dela. Mas, não consegui responder porque ela não estava mais conectada. Mesmo assim, fiquei entusiasmado. Afinal, como diz o dito popular: “mulher, puxa mais que trator com tração”.
Chegou o meio-dia e fui no restaurante almoçar. Voltando pra casa, cheguei onde ela trabalha. Sentei ao seu lado no sofá e conversamos cerca de meia hora. Peguei a mão dela, acariciando, como se fosse um adolescente com a primeira namoradinha de colégio.
Nesse dia, pensava em visitar meus pais e terminei não indo. Fiquei fazendo faxina em casa e esperando à noite chegar. Enquanto conversava com um amigo que estava em casa comigo, caminhava de um lado pro outro sem paradeiro. Imaginava ela vindo, sorridente, despedir-se com um beijo de boa noite. Estava impaciente, afinal eram às 22 horas, e nada dela vir e muito menos o beijo de boa noite.
Desconsolado com o longo dia que havia enfrentado, a essa altura do campeonato, já estava pensando em dormir cedo. Fiz outro chimarrão pra convidar a minha visita, o amigo que estava na minha casa.
Conversando, tomei uma térmica de chimarrão e o sono passou. Decidimos ir ao bar que fica em frente onde moro.
Tomei banho e coloquei uma roupa apropriada. Quando abro a porta de casa, me deparo com o bar fechado. Caíram-me os ombros. Mas, “como sou brasileiro e não desisto nunca”, saímos a ver outro local pra farrear.
Passamos pelo centro. As calçadas estavam cheias de gente. Meu amigo comenta que conhece um bar interessante e decidimos ir lá.
Parece ter pouca gente, - falei com ar de pouca vontade de entrar.
- É bom aqui, diz ele.
Pagamos o ingresso e entramos olhando um ao outro com ar de desconfiado. Estava sentindo algo errado, diferente. Parei para ser revistado pelo segurança, que de tão grande que era, não me dava espaço para olhar a pista de dança.
Quando consegui enxergar, não podia parar de rir.
Onde fomos parar, só tem gay aqui, - pensei e disse com os olhos ao meu colega. Rindo o tempo todo.
Prontamente, chegamos no balcão do bar e pedi uma cerveja. Enquanto isso, ele pergunta para a “moça” que atendia o balcão:
- Que festa ta rolando aqui hoje?
- Uma festa,
- ela responde.
- Uma festa? - Pergunta ele de novo.
- É. Uma festa gay, - responde.
Olhamos um ao outro, e, prontamente fomos caminhando em direção a porta. Só conseguíamos rir, mas nada. Pra tentar não dar pista que estávamos “mais perdido que cusco em tiroteio”, digo ao porteiro que já voltávamos e debandamos rapidamente daquele lugar.
Eram recém 1 hora da madrugada, e não podíamos ir pra casa. No caminho de outro bar, não conseguíamos parar de rir do que havia acontecido conosco. Havíamos parado numa festa gay, somente por pura desinformação.
Na terceira tentativa, entramos num bar mais sofisticado. O clima era bom e a música também. Mas, nem tudo é perfeito. Nesse dia, o local estava cheio de casais e nós estávamos sobrando. Lá dentro, encontramos mais dois amigos que também estavam na mesma situação que nós. Sozinhos à procura de alguém.
Depois de algumas cervejas, nos convidaram para dar uma volta e procurar algum outro lugar pra fechar a noite com chave de ouro. Meu colega aproveitou que a festa que decidimos ir era perto de casa e foi dormir. Já eu, fui pra gandaia.
Realmente encerrei minha noite com chave de ouro. O lugar estava uma chinelagem. Nunca havia visto tanta gente feia por metro quadrado. Fiquei uma meia hora lá dentro e fui dormir com a esperança de um dia melhor quando acordasse.